Assente sobre xisto e granito o Arouca Geopark oferece
paisagens deslumbrantes numa viagem que percorre mais de 500 milhões de anos.
Neste verdadeiro museu Geológico a céu aberto, envolto nas
altas serras da Freita e do Montemuro, e esculpido pelos vales do Paiva, Arda e
Caima, podemos conhecer entre muitas outras coisas, a magia das pedras
parideiras ou deixarmo-nos surpreender com o tamanho e os mistérios dos
curiosos fosseis das Trilobites gigantes.
O Arouca Geopark têm os limites bem definidos e possui um
notável património geológico aliado a uma estratégia de desenvolvimento
sustentável. Podemos aventurar-nos por mais de 20 trilhos centenários na rede
de percursos pedestres geoturisticos. Todos eles devidamente identificados e
catalogados num mapa oferecido gratuitamente em qualquer ponto turístico da
região.
O Arouca Geopark também oferece-nos imensas atividades
radicais, ou excelentes mergulhos nas águas límpidas do rio Paiva, onde se pode
desfrutar de desportos aventura devidamente organizados (www.clubedopaiva.com www.lusorafting.pt www.vertentenorte.pt)
Mas também podemos
simplesmente usufruir de uma natureza quase selvagem calcorreando os passadiços
do Paiva (www.passadicosdopaiva.pt
)
Foi essa a minha agradável aventura por terras de Arouca. Percorrer
os 8,7 km dos passadiços (estrutura de madeira) na margem esquerda do Rio Paiva
onde pude desfrutar da natureza em estado puro, onde a biodiversidade do local
mostra-nos espécies em vias de extinção na Europa. O percurso estende-se entre
as praias fluviais do Areinho e de Espiunca perto de Alvarenga, encontrando-se
entre as duas a praia do Vau. No Areinho a praia fluvial tem nadadores
salvadores, wc publicas e um bar de apoio, assim como também um excelente
parque de estacionamento uns minutos de distância.
A duração media é de cerca de 3 horas, mas depende da
preparação física e da intenção de cada um pois o nível de dificuldade é Alto
com desníveis acentuados. Por isso recomendo vivamente que se comece o percurso
no sentido Areinho-Espiunca pois é menos exigente a nível físico.
Escolhi a praia do Vau (meio do percurso) para refrescar-me nas
águas transparentes do Paiva e almocei descansadamente pois penso que aqui é o
loca ideal, pois para alem de ter bastantes sombras, também tem um pequeno bar
com bebidas frescas e onde se pode até beber um cafezinho bem descontraído.
Ao longo do percurso encontrei zonas com telefone SOS bem
como pequenos spots de venda de bebidas frescas assim como muitas sombras e
zonas de pausa e miradouros de cortar a respiração, não tivesse eu na garganta
do rio Paiva, onde imaginei como é que os mais aventureiros praticam por ali as
aventuras mais radicais já sobejamente conhecidas.
Fiz este percurso num dia de semana e o movimento era calmo
nos passadiços, mas atenção pois, o senhor do Bar disse-me que ao fim de semana
era uma loucura de gente, ou seja de evitar fazer os passadiços ao sábado e
domingo.
Não esquecer que é necessário comprar o bilhete de entrada
(1euro) e não se atrase a fazer a reserva pois só são permitidas 3500 pessoas
por dia.
Não se preocupem com o regresso ao início do trilho. Depois
de uma bebida refrescante no bar da praia fluvial da Espiunca encontrei imensos
táxis que nos trazem de volta até ao Areinho por 12,5 euros (4 pessoas)
O passeio é espetacular e a estruturas dos passadiços é uma
obra fenomenal, gostei imenso e recomendo vivamente pois a tranquilidade do rio
Paiva merece a nossa visita