Em abril de
1384 a infantaria de Nuno Álvares Pereira, tirando partido dos lamaçais e das
linhas de água, venceu a cavalaria castelhana numa colina a sul de Fronteira.
Foi a Batalha de Atoleiros. Uma luta não menos gloriosa trava-se há 17 anos, em
fins de Novembro, quase no mesmo local.
Trata-se das 24 Horas TT Vila de Fronteira, organizada pelo Automóvel Clube de Portugal.
Trata-se das 24 Horas TT Vila de Fronteira, organizada pelo Automóvel Clube de Portugal.
Jean
Brochard, Stéphane Santucci, Michael Caze e Thierry Charbonnier confirmaram a
vitória na edição deste ano das 24 Horas TT de Fronteira, ao volante do Caze
Nissan Buggy. A equipa francesa geriu as circunstâncias de forma praticamente
perfeita, voltando a provar que a consistência e a gestão da mecânica são decisivas
numa prova como esta onde participaram 100 viaturas
A corrida deste
ano disputou-se como de costume ao longo de um traçado de 17 km em que os
carros mais rápidos demoram 9 minutos e tal e os mais lentos mais de 14, o que
provoca logo nas primeiras 10 voltas as primeiras ultrapassagens dos mais rápidos
pelos mais lentos.
Este Terrodromo de Fronteira que forma uma elipse irregular cujo eixo maior se desenvolve no sentido oeste-leste, respectivamente entre a zona industrial de Fronteira e as margens do Rio Grande quando este passa sob a estrada para Monforte (N243).
Consoante as condições atmosféricas, o percurso inclui tudo o que faz as emoções do TT: passagem de linhas de água a vau, condução em pisos muito escorregadios, eventual transposição de lamaçais e longas horas de condução nocturna sob chuva, nevoeiro e um frio infernal.~
A recta da meta é um estradão largo na Zona Industrial de Fronteira, aí se situando as boxes, reabastecimento de combustível, cronometragem e demais infra-estruturas da prova. É também aí, dada a facilidade de acessos, que se concentram uns bons milhares de pessoas desde a noite de sexta para sábado até domingo à hora de almoço. Partilhando uma breve interpretação e explicação do percurso por RUI CARDOSO pode dizer-se que :
Este Terrodromo de Fronteira que forma uma elipse irregular cujo eixo maior se desenvolve no sentido oeste-leste, respectivamente entre a zona industrial de Fronteira e as margens do Rio Grande quando este passa sob a estrada para Monforte (N243).
Consoante as condições atmosféricas, o percurso inclui tudo o que faz as emoções do TT: passagem de linhas de água a vau, condução em pisos muito escorregadios, eventual transposição de lamaçais e longas horas de condução nocturna sob chuva, nevoeiro e um frio infernal.~
A recta da meta é um estradão largo na Zona Industrial de Fronteira, aí se situando as boxes, reabastecimento de combustível, cronometragem e demais infra-estruturas da prova. É também aí, dada a facilidade de acessos, que se concentram uns bons milhares de pessoas desde a noite de sexta para sábado até domingo à hora de almoço. Partilhando uma breve interpretação e explicação do percurso por RUI CARDOSO pode dizer-se que :
Ao fundo da recta há uma meia-lua à esquerda que, ao fim de
algumas voltas, fica bastante escavada e propicia alguns capotanços com vista para
a multidão. Seguem-se uma curva contrária à direita, um sobe-e-desce e entra-se
para a esquerda num troço de 1 km de asfalto predominantemente a descer, onde a
combinação entre alcatrão velho e pneus sujos de lama costuma valer alguns
sustos.
Este mini-troço
de alcatrão termina com um salto sobre uma passagem de nível (é verdade, havia
aqui uma via férrea que ligava Alter do Chão a Fronteira, Sousel e Estremoz.
Passa-se então para a zona mais bonita do circuito: uma subida sinuosa entre
oliveiras, seguida de algum planalto e uma descida com três saltos sucessivos
que termina numa curva rápida à esquerda. A partir da chamada capela (que na
verdade é um silo) o piso e o traçado pioram, atingindo o ponto extremo a
seguir à transposição da primeira ribeira, cuja saída a partir de meio corrida,
fica um verdadeiro campo lavrado ao longo de una bons 300 m. Após uma curva
larga à esquerda a pista estreita mas o piso melhora, assim se mantendo até à
primeira transposição do Rio Grande.
Em anos de muita chuva, costuma ser a partir daqui que as coisas se complicam: muita lama e uma ou duas passagens estreitas e cavadas sem alternativa. Tudo volta a melhorar com a subida para uma segunda passagem de nível, sendo o problema desta zona alta, a condução nocturna, com as fogueiras e os faróis dos carros dos espectadores a confundirem a leitura do terreno.
Em anos de muita chuva, costuma ser a partir daqui que as coisas se complicam: muita lama e uma ou duas passagens estreitas e cavadas sem alternativa. Tudo volta a melhorar com a subida para uma segunda passagem de nível, sendo o problema desta zona alta, a condução nocturna, com as fogueiras e os faróis dos carros dos espectadores a confundirem a leitura do terreno.
Nova travessia
do Rio Grande, aqui muito largo e sempre com muito público e as últimas
dificuldades até à entrada na Recta da Meta são uma vala funda, sempre com
muita água e a saída muito escavacada, e uma curva e contra-curva muito
escorregadias se estiverem enlameadas.(RUI CARDOSO)
Fronteira é isto e muito mais...aventura, convivio, partilha, petiscos, amigos. Para o ano há mais. Até lá deixo aqui mais umas fotos do meu sábado por terras Alentejanas
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