02/05/11

MARROCOS 2011 DIA 03

Sábado, 16 de Abril- Dia 03



São sete horas da tarde, debaixo de uma tempestade de areia, e de um céu avermelhado e cheio de pó, cheguei finalmente ao deserto. Ou seja, chegamos a MERZOUGA, povoação encostada ao ERG CHEBBI (quase, quase junto à fronteira com a Argélia. E a sudeste de Erfoud).

Mas é melhor começar pela manhã. À hora combinada, a caravana saiu de Meknes, uma cidade enorme, poluída, com cores claras, contrariando as cores predominantes de Marrocos que é a cor de Barro. Dizia um amigo em jeito de graça, que nas casas de venda de tintas em Marrocos, o catálogo das cores só têm uma página, pois é sempre a mesma- avermelhada cor de barro.

Hoje fizemos cerca de 500 km, e o nosso objectivo é Merzouga, perto de Rissani. Na parte da manhã ainda se encontrava paisagens em tons de verde, mas depressa começou a mudar o tom de fundo, pois a vegetação diminuiu rapidamente. Os campos até agora cultivados deram lugar a terrenos montanhosos com pedra e calhau rolado, a agricultura aqui é trocada pela pastorícia.

Ovelhas e mais ovelhas em rebanhos enormes guardados por mulheres e crianças são observados por toda a área de MIDELT no sopé do Alto Atlas, onde as pedras predominam a paisagem

Continuamos viagem para sul na N13, cruzando sempre pequenas povoações berberes passando por RICH e ER-RACHIDIA, esta última pareceu-me uma cidade bastante moderna, com avenidas amplas.

Aqui observa-se gelo na parte de maior altitude do Alto Atlas, que por vezes ronda os 2700m.

Agora passando a montanha para o lado sul, a paisagem muda novamente, tudo é direito quase plano, e as pedras dão lugar a areia.

A tarde ia a meio e muito perto de ERFOUD, o tempo começou a mudar, o céu ficou vermelho e o vento soprava forte, levantando a areia que ao bater na pele, aleijava.

Depois de um reabastecimento de gasóleo (0,74 € o litro) e fumaça por todo o lado chegamos a RISSANI uma cidade enorme cheia de vida neste interior sudeste de Marrocos.

Já jantei no HOTEL MERZOUGA TOMBOUCTU, onde o repasto proporcionou um digno manjar de deuses em jeito de buffet, predominando as iguarias locais mais conhecidas, sem nunca esquecendo um toque francês. Sopa de feijão com cominhos; frango guisado com arroz de açafrão, e costela de vaca estufada com ameixas, sem nunca esquecer os cuscus, são alguns dos exemplos de comida típica por esta zona.

Agora e depois de ter um pequeno serão animado no bar exterior a partilhar as vivências da viagem com os amigos e a observar as mais atrevidas a tomar banho na convidativa piscina, vou descansar pois amanhã as dunas esperam por nós.
(continua...)
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