11/05/11

MARROCOS 2011 DIA 09

Sexta-feira, 22 de Abril DIA 09



Depois de fazer quase 100 km de curvas e contra curvas, muitas delas com ângulos próximos dos 180º em montanha com uma temperatura baixa devido à altitude; por fim chegamos a MARRAKECH.

O Crepúsculo do Sol vespertino chegava quase à linha do horizonte. O céu apresentava uma cor gradiente entre o azul do dia e o escuro da noite quando chegamos à cidade das cores e dos cheiros - Marrakech (em árabe = cidade de Deus)
Desculpem este "in media res" ou seja esta Analépse, mas é dificil conter o meu entusiasmo ao chegar a esta cidade

Hoje, sexta-feira santa ou da Paixão, o dia começou em Ouarzazate com um delicioso pequeno-almoço, contradizendo o jejum e abstinência que marca este dia. Depois fomos visitar o Museu do Cinema nesta cidade, mesmo em frente ao grande Kasbah de Taourit.

Neste museu podemos encontrar cenários enormes (feitos de gesso e esferovite) objectos e preciosidades de filmes: O gladiador, Asterix e Obelix: missão Cleópatra entre muitos outros.

Depois seguiu-se uma nova visita a uns estúdios de cinema, onde outras películas galardoadas foram filmadas. Afinal Ouarzazate é a Hollywood de África.

Como se tinha partido a antena do CB do Toyota, ainda ouve tempo de ir à procura deste material, que até se tornou numa tarefa fácil tendo em conta que em Marrocos, tudo se arranja, tudo se vende…. Para quê complicar.

Já eram horas de almoço, quando se parou em AIT-BENHADDOU/TAMDAGHT. Aqui visitámos uma pequena aldeia, cujas construções são em argila de uma beleza indescritível.

Depois de umas compras, acabámos por almoçar por ali num dos vários restaurantes existentes no local, por sinal muito bom. Todo vocacionado para o Turismo, como de uma forma geral o reino de Marrocos está vocacionado.
Um bom exemplo desta teoria, é que várias foram as vezes que os polícias de trânsito marroquinos em cruzamentos, mandavam literalmente parar quem tem prioridade, para deixar passar os carros dos visitantes. Ou ainda, nas várias operações Stop, são sempre e só para os condutores marroquinos, é raro ver um carro estrangeiro.

Penso, que a razão pela qual se justifica o anteriormente exposto, deve-se ao facto de em Marrocos o Turismo ser visto como a grande oportunidade de entrada de divisas.

Todavia, à vontade, não é à vontadinha…. Quer dizer, cuidado com as velocidades, pois é muito frequente ao desfazer uma curva ou por de trás de uma árvore aparecer um polícia com uma pistola de radar daquelas com pelo menos 20 anos (controlo de velocidade).

A seguir ao almoço, o entusiasmado grupo lá perseguiu a marcha rumo à montanha, desta vez em pleno Alto Atlas, com o objectivo de chegar à tão esperada Marrakech.

Porém, esta montanha apesar de a estrada ser em alcatrão, era muito perigosa. Muitas curvas daquelas que nunca mais acabam, escarpas deslumbrantes que proporcionavam avistamentos dignos de registo, vendedores de tudo à beira da estrada, enfim… Marrocos no seu melhor.

Mesmo com a temperatura baixa e o vento forte pouco convidativo para aquela altitude (2260m) fizemos uma pausa em TICHKA, mais uma vez aproveitou-se para fazer umas compras de artesanato, onde a permuta com artigos pessoais, ou mesmo camisolas ou calças de ganga servem na perfeição para terminar um excelente negócio.

Começa-se a descer o Atlas pela N 9, a temperatura começa a mudar, também a vegetação começa a pintar o planalto. Sinal que a “cidade de Deus” se aproxima.

A velocidade do Toyota começa a aumentar conforme ficamos mais perto do nosso destino. Aumenta, também as saudades da família.

Quanto sonhei vir a conhecer MARRAKECH… Só eu sei, que pena não ter a minha “Flor” ao meu lado, para partilharmos este final de tarde. Aqui o Sol brilha de outra forma e com outra intensidade. Talvez um dia... Talvez quando crescer e for mulher.

Chegados ao HOTEL ATLAS ASNI (avenue de France telef 00212524339900), não tive ainda oportunidade para conhecer a cidade das cores e dos cheiros, todavia já deu para reparar que é uma cidade linda, cosmopolita, desafogada, com avenidas largas, de género europeu. Não querendo ser precipitado e deixando uma análise mais profunda para amanhã, reparo no “parque automóvel” da cidade e concluo que cheguei a outro Marrocos.

(Continua...)

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