28/09/07

AS NOSSAS NUVENS...


As nuvens são as principais responsáveis pela existência da Meteorologia. Sem elas, não existiriam fenómenos como a neve, trovões e relâmpagos, arco-íris ou halos. Seria imensamente monótono olhar para o céu: apenas existiria o céu azul. Uma nuvem consiste num agregado visível de pequenas gotas de água ou cristais de gelo suspensos no ar. Umas são encontradas a altitudes muito elevadas, outras quase tocam no chão. Podem assumir formas diversas, mas são geralmente divididas em 10 tipos básicos.

Cirrus:São as nuvens altas mais comuns. São finas e compridas e formam-se no topo da troposfera. Formam estruturas alongadas e permitem inferir a direcção do vento àquela altitude (geralmente de Oeste). A sua presença é normalmente indicadora de bom tempo.
Cirrocumulus:São menos vistas do que os cirrus. Aparecem como pequenos puffs, redondos e brancos. Podem surgir individualmente ou em longas fileiras. Normalmente ocupam uma grande porção de céu.
Cirrostratus:São as nuvens finas que cobrem a totalidade do céu, causando uma diminuição da visibilidade. Como a luz atravessa os cristais de gelo que as constituem, dá-se refracção, dando origem a halos e/ou sun dogs. Na aproximação de uma forte tempestade, estas nuvens surgem muito frequentemente e portanto dão uma pista para a previsão de chuva ou neve em 12 - 24h.Altocumulus:São nuvens médias que são compostas na sua maioria por gotículas de água e quase nunca ultrapassam o 1 km de espessura. Têm a forma de pequenos tufos de algodão e distiguem-se dos cirrocumulus porque normalmente apresentam um dos lados da nuvem mais escuro que o outro. O aparecimento desta nuvens numa manhã quente de Verão pode ser um sinal para o aparecimento de nuvens de trovoada ao final da tarde.
Altostratus:São muito semelhantes aos cirrostratus, sendo muito mais espessas e com a base numa altitude mais baixa. Cobrem em geral a totalidade do céu quando estão presentes. O Sol fica muito ténue e não se formam halos como nos cirrostratus. Uma outra forma de os distinguir é olhar para o chão e procurar por sombras. Se existirem, então as nuvens não podem ser altostratus porque a luz que as consegue atravessar não é suficiente para produzir sombras. Se produzirem precipitação podem originar nimbostratus.
Nimbostratus:Nuvens baixas, escuras. Estão associados aos períodos de chuva contínua (de intensidade fraca a moderada). Podem ser confundidos com altostratus mais grossos, mas os nimbostratus são em geral de um cinzento mais escuro e normalmente nunca se vê o Sol através deles.
Stratocumulus:Nuvens baixas que aparecem em filas, ou agrupadas noutras formas. Normalmente consegue ver-se céu azul nos espaços entre elas. Produzem-se frequentemente a partir de um cumulus muito maior por altura do pôr-do-sol. Diferem dos altocumulus porque a sua base é muito mais baixa e são bastante maiores em dimensão. Raramente provocam precipitação, mas podem eventualmente provocar aguaceiros no Inverno se se desenvolverem verticalmente em nuvens maiores e os seus topos atingirem uma temperatura de -5ºC.
Stratus:É uma camada uniforme de nuvens que habitualmente cobre todo o céu e lembra um nevoeiro que não chega a tocar no chão. Aliás, se um nevoeiro espesso ascender, originam-se nuvens deste tipo. Normalmente não originam precipitação, que, a ocorrer, o faz sob a forma de chuvisco. Não deve ser confundida com os Nimbostratus (visto que estes originam precipitação fraca a moderada). Além disso, os stratus apresentam uma base mais uniforme. Além disso, estas nuvens não devem ser confundidas com altostratus visto que não deixam passar a luz directa do Sol.
Cumulus:São as nuvens mais vulgares de todas e aparecem com uma grande variedade de formas, sendo a mais vulgar a de um bocado de algodão. A base pode ir desde o branco até ao cinzento claro e pode localizar-se a partir dos 1000m de altitude (em dias húmidos). O topo da nuvem delimita o limite da corrente ascendente que lhe deu origem e habitualmente nunca atinge altitudes muito elevadas. Surgem bastante isoladas, distinguindo-se assim dos stratocumulus. Além disso, os cumulus têm um topo mais arredondado. Estas nuvens são normalmente chamadas cumulus de bom tempo, porque surgem associadas a dias soalheiros.
Cumulonimbus:São nuvens de tempestade, onde os fenómenos atmosféricos mais interessantes têm lugar (trovoadas, aguaceiros, granizo e até tornados). Extendem-se desde os 600m até à tropopausa (12 000 m). Ocorrem isoladamente ou em grupos. A energia libertada na condensação das gotas resulta em fortes correntes no interior da nuvem (ascendentes e descendentes). Na zona do topo, existem ventos fortes que podem originar a forma de uma bigorna.

26/09/07

As estrelas piscam??


Ao anoitecer as estrelas ficam visíveis aos nossos olhos. Muitas pessoas acrescentam à beleza de uma noite estrelada ao clima de romance. Em momentos de solidão e reflexão também buscamos nas estrelas um refúgio, além de belíssimos poemas e músicas se originarem num momento de contemplação das estrelas. Quando olhamos para as estrelas temos a impressão de que estão piscando, daí surge duas perguntinhas básicas: As estrelas piscam? Porque aos nossos olhos elas parecem piscar? Bons às respostas são simples: As estrelas não piscam. Vemos elas piscarem devido à turbulência da atmosfera terrestre, a qual interfere na luz emitida pelas estrelas. Uma noite destas estava eu a janela com a minha filha a ver o luar de Verão e as estrelas (ela chama as por Cintilantes) e claro que a pergunta veio ao de cima; se elas piscam? (no qual eu lhe disse que sim e para ela pedir um desejo, hehe).

Horario de Verão/Inverno


O Horário de verão ou DST (Daylight Saving Time) é uma prática que muitos países adotam, que consiste em adiantar o relógio em uma hora. Tal prática surgiu pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1784, idealizada por Benjamin Franklin, o qual tinha por objectivo aproveitar o mais possível da luz natural durante os dias mais longos do ano. No entanto, o governo americano não gostou da ideia. O primeiro país a adoptar oficialmente a medida foi a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial.O principal objectivo do horário de verão é a economia do consumo de energia através do melhor aproveitamento da luz natural do dia. Assim, a prática reduz a demanda em períodos considerados como “horários de ponta” (das 18 às 21h), onde o consumo é bem maior. O horário é adoptado em toda a Europa, na maior parte da América do Norte e Austrália. A medida só funciona nas regiões distantes da linha do Equador, já que nesta estação os dias são mais longos e as noites mais curtas. Nas regiões próximas ao Equador, o horário de verão não traz nenhum benefício, pois os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano. Embora proporcione a redução do consumo, a adopção do horário é vista por muitos como algo relativamente desnecessário e prejudicial à saúde, já que a prática altera o relógio biológico das pessoas, provocando uma mudança brusca dos ritmos do organismo humano que, normalmente, estão sincronizados entre si, seguindo uma ordem temporal interna. Em Portugal o horário de verão verifica-se a partir do último domingo de Março até ao último domingo de Outubro, mas não é assim em todos os países pois em alguns como o Brasil o Governo é que estipula a data.