09/12/07

A diferença entre Frente Quente e Frente Estacionaria


Frente quente é a parte dianteira de uma massa de ar quente em movimento, e explicase da seguinte forma:
O ar frio é relativamente denso e o ar quente tende a dominá-lo, produzindo uma larga faixa de nuvens e uma chuva fraca e persistente e às vezes nevoeiro esparso.
Nuvens associadas a frentes quentes
As frentes quentes tendem a deslocar-se lentamente e podem ser facilmente alcançadas por frentes frias, formando frentes oclusas. Quando uma frente deixa de se mover, designa-se por frente estacionária.
Uma frente quente é uma zona de transição onde uma massa de ar quente e húmido está a substituir uma massa de ar fria. As frentes quentes deslocam-se do equador para os pólos. Como o ar quente é menos denso que o ar frio, a massa de ar quente sobe por cima da massa de ar mais frio e geralmente ocorre precipitação.

O que é uma "Frente Fria"??


Frente fria é a borda dianteira de uma massa de ar frio, em movimento ou estacionária. Em geral a massa de ar frio apresenta-se na atmosfera como um domo de ar frio sobre a superfície. O ar frio, relativamente denso, introduz-se sob o ar mais quente e menos denso, provocando uma queda rápida de temperatura junto ao solo, seguindo-se tempestades e também trovoadas.
A chuva pára abruptamente após a passagem da frente.
As frentes frias chegam a deslocar-se a 64 Km/h.
É tambem uma zona de transição onde uma massa de ar frio (polar, movendo-se para o equador) está a substituir uma massa de ar mais quente e húmido (tropical, movendo-se para o pólo).
Nuvens associadas a frentes frias:
As frentes frias deslocam-se dos pólos para o equador. Predominante de Noroeste, no Hemisfério Norte, e de Sudoeste no Hemisfério Sul. Não estão associadas a um processo suave: as frentes frias movem-se rapidamente e forçam o ar quente a subir. Quando uma frente fria passa, a temperatura pode baixar mais de 5º só durante a primeira hora. Quando uma frente deixa de se mover, designa-se por
frente estacionária.
O ar frio eleva o ar quente à sua frente e este vai arrefecendo à medida que é obrigado a subir. Desde que seja suficientemente húmido, o ar quente condensa formando cumulus e depois cumulonimbus, que produzem uma frente de trovoadas e cargas de água fortes com rajadas.
Os ventos altos soprando nos cristais de gelo no topo dos cumulonimbus geram cirrus e cirrostratus que anunciam a frente que se aproxima. Depois de a frente passar, o céu acaba por clarear aparecendo alguns cumulus de bom tempo (cumulus humilis). Ocorre também uma considerável queda na temperatura do ar, uma vez que a massa de ar frio passa então a dominar a dinâmica atmosférica desta região.
Se o ar que se eleva é quente e estável, as nuvens predominantes são stratus e nimbostratus, podendo-se formar nevoeiro na área de chuva. Se o ar for seco e estável, o teor de umidade no ar aumentará e aparecerão somente nuvens esparsas, sem precipitação.

Sistema Frontal


Um sistema frontal consiste numa sucessão de várias frentes. Entende-se por frente ou superfície frontal a linha de contacto entre duas massas de ar contíguas e que diferem na temperatura e na densidade. Uma superfície frontal caracteriza-se por uma forte instabilidade atmosférica por ser um mecanismo que força a ascensão do ar quente.
Uma perturbação frontal é constituída por duas frentes: uma frente fria e uma frente quente. A frente fria consiste no avanço do ar frio posterior sobre o ar quente. O ar frio, por ser mais denso, introduz-se como uma cunha por baixo do ar quente, obrigando-o a subir de forma abrupta e rápida, originando nuvens de grande desenvolvimento vertical - com fortes aguaceiros de curta duração. Numa frente quente o ar quente, por ser mais leve e menos denso, avança gradualmente sobre o ar frio anterior, arrefecendo mais lentamente, havendo formação de nuvens de desenvolvimento mais horizontal, podendo não ocorrer precipitação.

Fogo de Santelmo


O fogo-de-santelmo (ou fogo de São Telmo ou ainda fogo de Santelmo) consiste numa descarga eletroluminiscente provocada pela ionização do ar num forte campo elétrico provocado pelas descargas elétricas. Mesmo sendo chamado de fogo, é na realidade um tipo de plasma provocado por uma enorme diferença de potencial atmosférica.
O fogo-de-santelmo origina seu nome de São Erasmo (também conhecido como São Elmo ou São Telmo), o santo padroeiro dos marinheiros, que haviam observado o fenômeno desde a antiguidade, e acreditavam que a sua aparição era um sinal propício.
Fisicamente, é um resplendor brilhante branco-azulado que, em algumas circunstâncias, tem aspecto de fogo de faísca dupla ou tripla, que surge de estruturas altas e pontiagudas como mastros, cruzes de igreja e chaminés.
O fogo-de-santelmo se observa com freqüência nos mastros dos barcos durante as tormentas elétricas no mar, alterando a bússola — para desassossego da tripulação. Benjamin Franklin já observara, em 1749, que o fenômeno é de natureza elétrica.
Também se dá em aviões e dirigíveis. Nestes últimos era muito perigoso, já que muitos deles eram inflados com hidrogênio, gás muito inflamável.

28/09/07

AS NOSSAS NUVENS...


As nuvens são as principais responsáveis pela existência da Meteorologia. Sem elas, não existiriam fenómenos como a neve, trovões e relâmpagos, arco-íris ou halos. Seria imensamente monótono olhar para o céu: apenas existiria o céu azul. Uma nuvem consiste num agregado visível de pequenas gotas de água ou cristais de gelo suspensos no ar. Umas são encontradas a altitudes muito elevadas, outras quase tocam no chão. Podem assumir formas diversas, mas são geralmente divididas em 10 tipos básicos.

Cirrus:São as nuvens altas mais comuns. São finas e compridas e formam-se no topo da troposfera. Formam estruturas alongadas e permitem inferir a direcção do vento àquela altitude (geralmente de Oeste). A sua presença é normalmente indicadora de bom tempo.
Cirrocumulus:São menos vistas do que os cirrus. Aparecem como pequenos puffs, redondos e brancos. Podem surgir individualmente ou em longas fileiras. Normalmente ocupam uma grande porção de céu.
Cirrostratus:São as nuvens finas que cobrem a totalidade do céu, causando uma diminuição da visibilidade. Como a luz atravessa os cristais de gelo que as constituem, dá-se refracção, dando origem a halos e/ou sun dogs. Na aproximação de uma forte tempestade, estas nuvens surgem muito frequentemente e portanto dão uma pista para a previsão de chuva ou neve em 12 - 24h.Altocumulus:São nuvens médias que são compostas na sua maioria por gotículas de água e quase nunca ultrapassam o 1 km de espessura. Têm a forma de pequenos tufos de algodão e distiguem-se dos cirrocumulus porque normalmente apresentam um dos lados da nuvem mais escuro que o outro. O aparecimento desta nuvens numa manhã quente de Verão pode ser um sinal para o aparecimento de nuvens de trovoada ao final da tarde.
Altostratus:São muito semelhantes aos cirrostratus, sendo muito mais espessas e com a base numa altitude mais baixa. Cobrem em geral a totalidade do céu quando estão presentes. O Sol fica muito ténue e não se formam halos como nos cirrostratus. Uma outra forma de os distinguir é olhar para o chão e procurar por sombras. Se existirem, então as nuvens não podem ser altostratus porque a luz que as consegue atravessar não é suficiente para produzir sombras. Se produzirem precipitação podem originar nimbostratus.
Nimbostratus:Nuvens baixas, escuras. Estão associados aos períodos de chuva contínua (de intensidade fraca a moderada). Podem ser confundidos com altostratus mais grossos, mas os nimbostratus são em geral de um cinzento mais escuro e normalmente nunca se vê o Sol através deles.
Stratocumulus:Nuvens baixas que aparecem em filas, ou agrupadas noutras formas. Normalmente consegue ver-se céu azul nos espaços entre elas. Produzem-se frequentemente a partir de um cumulus muito maior por altura do pôr-do-sol. Diferem dos altocumulus porque a sua base é muito mais baixa e são bastante maiores em dimensão. Raramente provocam precipitação, mas podem eventualmente provocar aguaceiros no Inverno se se desenvolverem verticalmente em nuvens maiores e os seus topos atingirem uma temperatura de -5ºC.
Stratus:É uma camada uniforme de nuvens que habitualmente cobre todo o céu e lembra um nevoeiro que não chega a tocar no chão. Aliás, se um nevoeiro espesso ascender, originam-se nuvens deste tipo. Normalmente não originam precipitação, que, a ocorrer, o faz sob a forma de chuvisco. Não deve ser confundida com os Nimbostratus (visto que estes originam precipitação fraca a moderada). Além disso, os stratus apresentam uma base mais uniforme. Além disso, estas nuvens não devem ser confundidas com altostratus visto que não deixam passar a luz directa do Sol.
Cumulus:São as nuvens mais vulgares de todas e aparecem com uma grande variedade de formas, sendo a mais vulgar a de um bocado de algodão. A base pode ir desde o branco até ao cinzento claro e pode localizar-se a partir dos 1000m de altitude (em dias húmidos). O topo da nuvem delimita o limite da corrente ascendente que lhe deu origem e habitualmente nunca atinge altitudes muito elevadas. Surgem bastante isoladas, distinguindo-se assim dos stratocumulus. Além disso, os cumulus têm um topo mais arredondado. Estas nuvens são normalmente chamadas cumulus de bom tempo, porque surgem associadas a dias soalheiros.
Cumulonimbus:São nuvens de tempestade, onde os fenómenos atmosféricos mais interessantes têm lugar (trovoadas, aguaceiros, granizo e até tornados). Extendem-se desde os 600m até à tropopausa (12 000 m). Ocorrem isoladamente ou em grupos. A energia libertada na condensação das gotas resulta em fortes correntes no interior da nuvem (ascendentes e descendentes). Na zona do topo, existem ventos fortes que podem originar a forma de uma bigorna.

26/09/07

As estrelas piscam??


Ao anoitecer as estrelas ficam visíveis aos nossos olhos. Muitas pessoas acrescentam à beleza de uma noite estrelada ao clima de romance. Em momentos de solidão e reflexão também buscamos nas estrelas um refúgio, além de belíssimos poemas e músicas se originarem num momento de contemplação das estrelas. Quando olhamos para as estrelas temos a impressão de que estão piscando, daí surge duas perguntinhas básicas: As estrelas piscam? Porque aos nossos olhos elas parecem piscar? Bons às respostas são simples: As estrelas não piscam. Vemos elas piscarem devido à turbulência da atmosfera terrestre, a qual interfere na luz emitida pelas estrelas. Uma noite destas estava eu a janela com a minha filha a ver o luar de Verão e as estrelas (ela chama as por Cintilantes) e claro que a pergunta veio ao de cima; se elas piscam? (no qual eu lhe disse que sim e para ela pedir um desejo, hehe).

Horario de Verão/Inverno


O Horário de verão ou DST (Daylight Saving Time) é uma prática que muitos países adotam, que consiste em adiantar o relógio em uma hora. Tal prática surgiu pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1784, idealizada por Benjamin Franklin, o qual tinha por objectivo aproveitar o mais possível da luz natural durante os dias mais longos do ano. No entanto, o governo americano não gostou da ideia. O primeiro país a adoptar oficialmente a medida foi a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial.O principal objectivo do horário de verão é a economia do consumo de energia através do melhor aproveitamento da luz natural do dia. Assim, a prática reduz a demanda em períodos considerados como “horários de ponta” (das 18 às 21h), onde o consumo é bem maior. O horário é adoptado em toda a Europa, na maior parte da América do Norte e Austrália. A medida só funciona nas regiões distantes da linha do Equador, já que nesta estação os dias são mais longos e as noites mais curtas. Nas regiões próximas ao Equador, o horário de verão não traz nenhum benefício, pois os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano. Embora proporcione a redução do consumo, a adopção do horário é vista por muitos como algo relativamente desnecessário e prejudicial à saúde, já que a prática altera o relógio biológico das pessoas, provocando uma mudança brusca dos ritmos do organismo humano que, normalmente, estão sincronizados entre si, seguindo uma ordem temporal interna. Em Portugal o horário de verão verifica-se a partir do último domingo de Março até ao último domingo de Outubro, mas não é assim em todos os países pois em alguns como o Brasil o Governo é que estipula a data.

25/08/07

Noite de Trovoada



Depois de uma semana exausta de trabalho e ainda a lembrar das ferias que parece que já foram a 3 anos, he, he, peguei nas minhas mulheres e fui passar o fim de semana alem Tejo, pois a temperatura assim convidava; na passada noite de sexta feira deitei-me tarde a admirar o céu estrelado que só numa noite de Agosto como esta me convencia a fazer; mas lá pelo meio da noite ( aquela hora que se vai fazer um xíxí) apareceu o que ninguém pensava, para esta altura do ano... uma fenomenal e assustadora noite de trovoada com relâmpagos a acompanhar para todos os gostos e tamanhos. Bem... a muitos anos que não via tal espetaculo.

Apesar de assustador irei tentar ilucidar com uma brave explicação os porques de tal «barulho» e «luz»

Para uma trovoada se formar é necessário que exista elevação de ar húmido numa atmosfera instável. A atmosfera fica instável quando as condições são tais que uma bolha de ar quente em ascensão pode continuar a subir porque continua mais quente do que o ar ambiente. (A elevação do ar quente é um mecanismo que tenta restabelecer a estabilidade. Do mesmo modo, o ar mais frio tende a descer e a afundar-se enquanto se mantiver mais frio do que o ar na sua vizinhança.) Se elevação de ar é suficientemente forte, o ar arrefece (adiabaticamente) até temperaturas abaixo do "ponto de orvalho" (palavras estranhas??)e condensa, libertando calor latente que promove a elevação do ar e «alimenta» a trovoada. Formam-se cumulonimbos (outra palavra estranha que irei explicar um dia he,he)isolados com grande desenvolvimento vertical (podendo ir até 10 ou 18 mil metros de altitude) alimentado pelas correntes ascendentes de ar.

É geralmente associados a esses cumulonimbos que se dão os intensos fenómenos em que consiste uma trovoada:
relâmpagos, trovões, rajadas de vento, inundações, granizo e, possivelmente, tornados.
As trovoadas podem-se formar no interior das massas de ar (a partir da elevação do ar por convecção - comum em terra nas tarde de Verão - quando o aquecimento da superfície atinge o seu pico - e sobre o mar nas madrugadas de inverno, quando as águas estão relativamente quentes); por efeito orográfico - (a barlavento das grandes montanhas) ou estar associadas a frentes - sendo mais intensas no caso das frentes frias.

Os Relâmpagos são descargas eléctricas que ocorrem dentro de uma nuvem, entre duas nuvens, entre uma nuvem e a atmosfera, ou entre uma nuvem e o solo.
Os relâmpagos verticais normalmente predominam na parte da frente de uma trovoada e os horizontais na parte de trás. Os relâmpagos, que estão sempre presentes em qualquer trovoada, aquecem localmente o ar até temperaturas muito elevadas (podem chegar aos 30000°C). Esse aquecimento causa a expansão explosiva do ar ao longo da descarga eléctrica, resultando numa violenta onda de pressão, composta de compressão e rarefacção, que os nossos ouvidos ouvem como um trovão. Uma trovoada típica produz três ou quatro descargas por minuto.

Quando a atmosfera está estável, o seu campo eléctrico é caracterizado por uma carga negativa na superfície e uma carga positiva na alta atmosfera. Os raios ocorrem quando dentro de um cumulonimbo surgem regiões separadas com cargas eléctricas opostas. As partículas de carga positiva mais leves são elevadas para o topo pelas correntes de ar ascendentes e as de carga negativa, que são maiores, caiem para a base da nuvem.
As regiões com cargas eléctricas opostas aparecem, por exemplo, quando partículas de gelo (como granizos) caiem sobre uma região em que há gotas liquidas super arrefecidas e cristais de gelo. As gotas congelam quando colidem com cristais de gelo e libertam calor latente que faz com que a superfície das partículas de gelo se mantenha mais quente do que os cristais de gelo à sua volta. Isso faz com que se dê uma transferência de iões positivos das partículas de gelo «quentes» para os cristais de gelo. As partículas de gelo ficam com carga negativa e os cristais de gelo com carga positiva. Os cristais de gelo, mais leves e com carga positiva, são elevadas para o topo pelas correntes de ar ascendentes e as partículas de gelo (como granizos), mais pesados e com carga negativa, caiem para a base da nuvem.
Como cargas opostas se atraem, uma carga positiva é induzida no solo (no cimo dos objectos altos observa-se, por vezes, o Fogo de St. Elmo: um brilho devido à concentração de carga positiva). O campo eléctrico resultante vai crescendo até que atinge um valor crítico a partir do qual cai um raio (um relâmpago nuvem-solo). Uma primeira vaga de electrões é lançada para a base da nuvem e depois em direcção ao solo colidindo com moléculas de ar que ionizam, formando um canal condutor que facilita o trajecto de outros electrões. O canal condutor vai assim crescendo até que se aproxima do solo e se começa a levantar deste uma corrente de carga positiva que vem ao seu encontro. Quando se dá o encontro, um grande número de electrões fluem para o solo e uma maior e já perfeitamente visível descarga de retorno, brilhante e intensa, com muitos centímetros de diâmetro, ascende para a nuvem (em cerca de 10 milissegundos) seguindo o mesmo trajecto ionizado. Frequentemente as descargas repetem-se no mesmo canal ionizado em intervalos de mais ou menos 1 milissegundo. Tipicamente, o flash de um raio dura cerca de um segundo mas contem pelo menos três ou quatro descargas descendentes seguidas de descargas de retorno de que os nossos olhos só se podem vagamente aperceber. É isso que o faz parece tremer.

15/08/07

"OTA" Perspectivas sobre turismo em espaço rural



«Perante os custos ambientais e sociais do turismo de massas, convencional, gregário e quase popular, próprio de uma sociedade de consumo, organizado “industrialmente”, afirmam-se procuras diferentes, novas, responsáveis e sustentáveis, selectivas em termos económicos e em valores e comportamentos pessoais, preferencialmente no próprio país, e em regiões não muito distantes, prefigurando, talvez o turismo do futuro…» (Cavaco C. 1996“Turismo rural e desenvolvimento local”)
No quadro da história da humanidade o turismo é um fenómeno recente, que se começa a organizar e a sistematizar, bem como a sofrer uma alteração que passa, de um fenómeno de elites, para um fenómeno massificado e global. Portugal não ficando alheio a toda esta mudança, procura encontrar novos caminhos de oferta turística que (entre outros) passam por recuperar uma imagem antiga, dando-lhe um “new look” em harmonia com todo o espaço envolvente de património natural, e ambiência cultural.
A crescente procura do lazer e do turismo em espaço rural, faz com que este nicho de mercado seja um dos segmentos mais dinâmicos e prometedores do turismo nacional, vendo em Ota um destino promissor no futuro.
Ota é a freguesia mais extensa do concelho de Alenquer com cerca de 46 quilómetros quadrados, onde uma vasta chã da era do cenozóico domina por completo sendo só quebrada pelo perfil quase geométrico do monte redondo, e pela serra que tem o mesmo nome da aldeia (uma elevação jurasica de 185 metros). Esta aldeia centenar desfruta de um clima ameno e delicado, não só devido a proximidade do Atlântico por um lado, e à imediação da serra de Montejunto que com outras de menor importância, constituem um anfiteatro natural.
A aldeia de Ota a escassos 42 km da Capital, é detentora de um variado leque de paisagens, que passa por vasta charneca, pinhal, eucaliptal e montado de sobreiros que encontram aqui um ambiente privilegiado e tranquilo; Ota já com características rurbanas, possui varias quintas com características latifundiárias, propriedade ainda hoje de descendentes da nobreza, cujo as actividades se diversificam na agricultura, silvicultura, pecuária, e turismo, onde conservando a tradição dos seus antepassados mantêm inclusivamente a traça secular das construções.
Ota poderá não ser uma área tradicional de polarização de fluxos turísticos, mas é concerteza uma área emergente que devido à sua localização bem como a proximidade de actividades temáticas que passam pelo golfe, tiro, equitação, percursos pedestres e radicais, tauromaquia, produção vinícola entre outros, aliados ao crescente dinamismo agrário da região, faz desta área um bom motivo de aposta para uma procura turística que tende a se diferenciar e a fragmentar-se. Este tipo de turismo não deve concorrer com outros, mas sim aliar-se a outros, pois ganha (pelo menos) com a recuperação do património.

Esse ventinho... deve ser "Nortada"


Todos nós já tivemos a experiência de estar na praia a "trabalhar pro Bronze" e lá pela tardinha aparecer um vento que por vezes é forte e desagradável, bem... o bronze fica para outro dia e só nos resta uma esplanada com umas cervejinhas, pois estar a levar com aquela areia e vento e muito desagradável; bem cá vai a possível explicação para os mais distraidos:

Portugal continental está situado no hemisfério norte entre as latitudes 37 e 42º Norte e as longitudes de 06 e 09º Oeste. A sua localização peninsular e a norte de um grande deserto, leva a que para a definição do seu clima contribuam as mais diversas influências. O território continental está situado numa zona subtropical, Estas latitudes são uma cintura propensa a variações frequentes da direcção do vento, resultando desse facto uma rápida mutação das condições do tempo. Por sua vez o factor longitude provoca que a costa portuguesa, a mais ocidental da Europa, é a primeira a sofrer a influência das perturbações que se geram ou desenvolvem ao atravessar o Atlântico Norte. Outros factores, como os fisiográfícos (mares, continentes, lagos, topografia, etc.) determinam que, na generalidade, a intensidade e a duração com que os fenómenos atingem as regiões do interior sejam diferentes, se comparadas com as zonas litorais.
Durante o inverno, Portugal é afectado por massas de ar frias e húmidas, por superfícies frontais vindas de NW, por massas de ar frias e secas vindas da Sibéria e que se aproximam por NE. Durante o Verão as influencias são das massas de ar quentes e secas vindas do norte de África e das massas de ar quentes e húmidas transportadas de SW pelo Anticiclone dos Açores. A distribuição do vento em Portugal é fortemente influenciada pela ocorrência de brisas, principalmente no litoral. Como as brisas são fenómenos que ocorrem com maior intensidade durante a tarde, Durante o Verão, devido às referidas brisas o vento tem um sentido predominante (NW), sendo a sua intensidade média superior à verificada durante o Inverno. A predominância do sentido de NW verifica-se tanto de manhã como de tarde, embora seja muito mais marcado durante a tarde e com maior intensidade. Este efeito é bastante visível na costa Oeste, embora não se restrinja a esta. Na costa Oeste existe, também, vento com forte componente de Norte (conhecido por nortada),



A nortada é a denominação dada em Portugal continental à resultante vectorial entre um vento Barostrófico (brisa marítima) e o vento da circulação geral, associado ao anticiclone subtropical denominado de anticiclone dos Açores. Ocorre nas tardes quentes entre Junho e Setembro, quando a massa de ar Tropical continental se instala sobre a Península Ibérica, provocando céu limpo e acentuado aquecimento à superfície. O diferencial energético que se verifica cerca de duas a três horas depois do meio dia solar, provoca uma deslocação de massa de ar, do oceano para o continente, que é proporcional ao diferencial energético local. A sua intensidade pode variar de 12 a 25Kt em média, soprando por vezes com rajadas, e termina quando o desequilíbrio que lhe deu origem é anulado, cerca das 21, 22 horas. A Nortada faz-se sentir em toda a faixa costeira Ocidental, onde é mais violenta, e pode estender-se aproximadamente até aos 80 Km para o interior.

22/07/07

30 Anos ao serviçUMM

No passado sábado 7 de Julho lá fui conforme combinado ao encontro do 30º aniversario dos nossos meninos, em Queluz e (bem) organizado pelo clubeumm, que propocinou aos cerca de 300 UMMistas e 95 viaturas um dia muito bem passado em alegre confraternização.
À chegada (bem... até me assustei com tantos umm´s) fui muito bem recebido pela comitiva da organização que atravez de um saudável briefing lá nos foi explicando que a visita a antiga fabrica (mesmo a li ao lado) não tinha sido permitida, mas "the show must go one" e com uma pequena merenda oferecida lá fomos todos fazer um pequeno passeio até ao local onde se tirou uma foto de grupo(que eu ainda não tenho).
Com boa disposiçaõ e varias lembranças também, toda aquela comitiva vinda dos 4 cantos de Portugal rolou até perto do estádio nacional onde se seguiu um almoço convívio com direito a champagne e bolo de aniversario.
Foi muito agradável ver cada um de seu formato, de sua cor e também de seu modelo, pois para os mais distraídos a UMM de 1980 até 1994 foi sempre não só evoluído os seus modelos, como também ia ao encontro das necessidades da altura como é bom exemplo as fotos que abaixo mostro e que ilustram bem a versatilidade e polivalencia dos nossos meninos...Parabens UMM

















































17/07/07

A culpa é do Anticiclone dos Açores...




Lá estava eu de "barrigunha ao sol", com um olho no mar límpido e outro na revista Visão, oiço uma conversinha mesmo ali ao lado entre dois tipos, "...Não pá a culpa deste solinho é do ci clone dos Açores...". E o outro respondia assim "...És tonto ou quê? este solinho e culpa do ci clone das Bermudas..."

Pois é... como se diz na minha terra..."tão parvo és tú como és tú" e a explicação (possível) cá vai;


O que é um anticiclone? É um ciclone?? Claro que não; Anticlone é um centro de pressão atmosférica em que o ar atmosférico, mais frio e mais pesado, em cima, desce, aumentando a pressão junto ao solo: é um centro de pressão atmosférica alta, ou ‘uma Alta’, na gíria. Ao contrário, um ciclone é um centro de pressão atmosférica em que o ar atmosférico, mais quente e mais leve, em baixo, junto ao solo, sobe – como o balão de ar quente – baixando a pressão junto ao solo: é um centro de pressão baixa, depressão ou ‘uma Baixa’ “.


E agora o pormenor das Bermudas, é verdade que noutras longitudes este anticiclone também e conhecido por "das Bermudas"


Para terminar (pois se não ainda pareço o ilustre Anthimio de Azevedo, que coinsidência ele também Açoriano) o sempre nosso anticiclone dos Açores trás-nos massas de ar quentes e húmidas de SW.


Portugal continental está situado no hemisfério norte entre as latitudes 37 e 42º Norte e as longitude de 06 e 09º Oeste. A sua localização peninsular e a norte de um grande deserto, leva a que para a definição do seu clima contribuam as mais diversas influências. O território continental está situado numa zona subtropical, que se estende por 860 Km do Norte para o Sul, que é de transição e que separa os ventos com componente oeste, a norte, dos ventos com componente leste, a Sul. Estas latitudes são uma cintura propensa a variações frequentes da direcção do vento, resultando desse facto uma rápida mutação das condições do tempo. Por sua vez o factor longitude provoca que a costa portuguesa, a mais ocidental da Europa, é a primeira a sofrer a influência das perturbações que se geram ou desenvolvem ao atravessar o Atlântico Norte. Outros factores, como os fisiográficos (mares, continentes, lagos, topografia, etc.) determinam que, na generalidade, a intensidade e a duração com que os fenómenos atingem as regiões do interior sejam diferentes, se comparadas com as zonas litorais. Durante o inverno, Portugal é afectado por massas de ar frias e húmidas, por superfícies frontais vindas de NW, por massas de ar frias e secas vindas da Sibéria e que se aproximam por NE. Durante o Verão as influencias são das massas de ar quentes e secas vindas do norte de África e das massas de ar quentes e húmidas transportadas de SW pelo Anticiclone dos Açores. Durante as estações de transição a situação ainda se complica mais pois, durante essas estações todas estas influencias são possíveis. Para aumentar esta complexidade temos a acrescentar as grandes diferenças morfológicas entre o norte e o sul do território. Este é constituído por uma região montanhosa a norte e por uma região de planícies e planaltos a sul. A dividir estas duas regiões encontra-se uma grande cordilheira montanhosa (Sintra - Montejunto - Estrela), orientada na direcção SW-NE. Esta cordilheira montanhosa tem uma grande importância na distribuição dos elementos do clima ao longo do território. Porque a grande maioria da precipitação que afecta Portugal vem de NW, a cordilheira referida é um obstáculo ao seu normal deslocamento para sul e, por isso, influencia a quantidade de precipitação que as terras do sul recebem. Outro dos obstáculos ao movimento dos sistemas de tempo são as montanhas no Minho; estas montanhas são de primordial importância na distribuição dos elementos do clima na região de Trás-os-Montes.

Praia na Arrabida



Depois de alguns dias de pausa , lá volto para a azáfama do dia a dia.

Estive uns dias pela zona da Arrábida; tão perto de Lisboa e tão diferente, como Geógrafo em formação que sou, encontrei uma beleza rara naquelas paragens ( e acreditem que não foi só nos Restaurantes he,he). A serra da Arrábida e a sua área protegida usufruem de larga beleza e proporcionam a quem passa momentos únicos.

Muitos devem conhecer a praia da Figueirinha (cheia de excursões), mas se calhar menos conhecem a praia dos Galapos, Galapinhos, Coelha e Creiro.

Foi nesta ultima que me fixei; pouco passa de 40Km de Lisboa, com restaurantes e serviços,um mar muito azul, poucas pessoas, muito sossego, um ar forte e despoluído da serra, e quase um areal só para mim, enfim... estavam a reunidas as condições essenciais para descansar. Recomendo

05/07/07

Sistema Morfogenetico Marinho Litoral


O Verão já cá canta... com ele vem o calor, os caracóis, as imperiais, e já agora uma ida até a praia. Para os mais curiosos deixo aqui uma pequena explicação que irá servir para poder compreender o vai e vem das ondas, da próxima vez que for ate a praia.
Para alem das correntes superficiais, os nossos oceanos são "animados"pelas ondas que tecnicamente se podem dividir em internas e superficiais.

Pegando nas ondas superficiais (que também se podem dividir em "oscilatórias" e em "translacionais").No meio de tanta onda diferente e antes que fique "tonto", irei pegar uma onda superficial oscilatória e irei imaginar a superfície do mar estática, e sobre ela uma camada atmosférica animada de movimento, ou mais simples... onde ha vento. O movimento do ar é o resultado das diferenças de pressão atmosférica, dirigindo-se este vento das altas para as baixas pressões. Mas nessas deslocações as partículas de ar chocam com as partículas de agua, e estas ultimas são deslocadas da sua posição de equilíbrio(como se empurradas para baixo pelo ar) e para de novo voltarem a sua posição original necessitam, de energia, que nestas ondas em questão (superficiais) a energia que restaura a posição de equilíbrio é a força gravitacional da terra, gerando-se assim um movimento circular das partículas de agua, movimento oscilatório, e essa força de restauro do movimento fornece a energia necessária para transmitir á partícula contigua a energia indespensavel para propagar o movimento das ondas que todos nos conhecemos que que sobejamente adoramos quer seja Verão ou Inverno

30 ANOS DE UMM






Pois é, os nossos meninos já vão soprar 30 velinhas, e o clube UMM vai organizar um encontro para todos os "ummistas" que quiserem no próximo sábado dia 7 de Julho as 9.30h irem visitar a antiga fabrica onde os nossos meninos eram fabricados, seguido de almoço perto do estádio nacional. Lá estarei e depois irei contar pormenores

30/06/07

Buraco do Ozono



A camada de ozono existe na estratosfera, com uma maior concentração entre 16 a 30 km de altitude, que nos proporciona a cor azul do céu. É uma camada de gás rarefeita que ao nível do mar teria apenas 3 mm de espessura. O ozono (O3) é uma molécula constituída por 3 átomos de oxigénio, que tem a particularidade de absorver a radiação ultravioleta (UV) proveniente do Sol. Por esse facto, actua como um filtro que protege os seres vivos da radiação UV.
Ao longo dos últimos 25 anos, tem-se verificado uma rarefacção da camada de ozono que protege o planeta das radiações ultravioleta prejudiciais. Na Antárctica, a camada de ozono sofreu uma diminuição tão significativa que se formou um buraco que está a aumentar gradualmente. Actualmente no pólo norte uma situação semelhante acontece.
A constante destruição da camada de ozono leva a um aumento de raios ultravioletas (UV), altamente energéticos que atingem a superfície do planeta.Estes raios ao atingirem a Terra provocam graves problemas ao nível dos ecossistemas marinhos (destruição do plâncton), promovem a destruição do DNA das células provocando cancro de pele, entre outros.
Os principais responsáveis são:
hidrocarbonetos totalmente clorofluorados (CFC) e, em menor escala, hidrocarbonetos parcialmente clorofluorados (HCFC) provenientes da refrigeração, produção de espumas expandidas, aerossóis e solventes;
brometo de metilo proveniente da fumigação dos solos na agricultura e da queima da biomassa.
Para diminuir esse impacto os cidadãos devem reduzir o desperdício da luz, não usar sprays com CFCs, entregar os aparelhos com refrigeração (frigoríficos e ar condicionado) para a reciclagem, apostar nos transportes públicos e fazer pressão para que se aposte em formas de energias alternativas, como a solar e a eólica.
Por isso cabe a cada um de nos cidadaos a ter o maximo de respeito, mas tabem o maximo de cuidado com a exposição ao sol, agora que vem ai a praia e todos vamos a "banhos"

Inicio da Epoca Balnear



Hoje sábado pela fresquinha da manhã, dei abertura a minha "época balnear" por outras palavras "fui a banhos.

Entre algumas ezitaçoes dei por mim a atravessar a ponte e a meter pisca para a direita em direcção a "conturbada" Caparica. Segui o conselho de um amigo,passei a praia da Mata e a da Riviera, até que a escassos 25 Km do centro de Lisboa, parei na "praia da Rainha"

Esta praia faz jus ao seu nome (pois "rainhas" era coisa que não faltava). Não conhecia, e ate pensei ir encontrar uma praia do tipo "costa" mas que agradável surpresa, uma belíssima praia,com optimo parque de estacionamento(daqueles que só falta estar dentro da agua) boa areia, bons restaurantes e bares, gente gira, enfim... irei lá voltar com as minhas "mulheres"

Visitas Guiadas a OTA




Se têm curiosidade em conhecer, e ver por perto toda a área envolvente, desta aldeia do concelho de Alenquer, onde está projectada a construção polémica do novo Aeroporto,conhecendo por perto todo o seu enquadramento, desfrutar de excelentes paisagens verdejantes, respirar um ar puro com aroma campestre, passeando em viaturas todo o terreno por percursos fora de estrada,em ambiente de boa disposição, presenteado com almoço típico, Não deixe de me contactar para saber mais pormenores : chefenuno@gmail.com

A Capital das Aeronaves Falidas


OTA

Começo por explicar o porque da "capital das aeronaves falidas" he,he


Bem...a aldeia de Ota sempre teve a presença da Força Aérea, Base Aérea nº2 onde havia avioenzinhos pequenos e e a aqui que os pilotos  aprendiam a pilotar as "grandes maquinas para depois irem pros "assas de Portugal.Ainda me lembro de como se não bastasse durante o dia os voos rasantes e constantes,as Terças e Quintas havia treino nocturno, quer dizer nesses dias custava me um pouco mais a adormecer, até que um dia tudo acabou (não sei bem porque ) mas os aviões deixaram de fazer barulho, por isso talvez as aeronaves tivessem falido,he.he.
Esta é a freguesia mais extensa do concelho de Alenquer com cerca de 46 quilómetros quadrados, vasta chã com ligeiras ondulações apenas quebrada pelo perfil quase geométrico do Monte Redondo constituído por calcareos Coraleos do Amaral, pela serra de Ota que é uma elevação Jurassica com cerca de 185m de altitude, e pelos sulcos fluviais da ribeira de Ota. Crê-se que o topónimo Ota deriva do árabe (uata) e quer dizer sítio baixo. De facto tratava-se de um vasto campo alagadiço, o Paul de Ota, aquele que D. Sancho I doou em 1189, ou 1193, ao convento de Alcobaça, doação confirmada em 1195 por Celestino III. Aqui realizaram os monges as primeiras obras de arroteamento e drenagem realizadas no País, que posteriormente aplicaram nos coutos de Alcobaça, e pelos achados arqueológicos da região, conclui-se que a ocupação humana remonta ao Paleolítico. São vários os registos do período romano e, certamente, a presença muçulmana deve ter também marcado o local. Ao longo do séc. XV e XVI foram desbravadas várias partes desta terra que, no geral era inóspita, coberta de matas e propícia ao refúgio de animais selvagens. No reinado de D. Maria I é aberta a Estrada Real que, passando aqui, fazia a ligação de Lisboa a Caldas da Rainha.
Ainda no final do séc. XIX a zona da Ota, principalmente nos sítios próximos da lagoa do Bunhal e do Paúl, era conhecida pela propensão para as pestilências, devido à insalubridade das águas estagnadas destas lagoas.


Na observação Geológica toda a vasta planície que se estende desde as margens do Rio Tejo até à zona do lugar de Ota encontra-se implantada numa bacia Cenozóica, onde se encontram vários terraços do Quaternário. A Norte desta charneca domina a Serra de Montejunto, a Oeste prolongam-se as serras Galega e Alta, conjunto que constitui um anfiteatro natural. A Serra de Montejunto orienta-se segundo a linha da nossa costa Atlântica, que conjuntamente com outras serras para Norte forma o sistema Montejunto-Estrela, ponto terminal da Cordilheira Central da Península Ibérica, que é uma importante barreira climatérica. Este aspecto permitiu que toda a zona de Ota/Alenquer fosse poupada às rigorosas glaciações. Beneficiada pela proximidade do Atlântico, por um lado e pelo sistema Montejunto Estrela por outro, esta zona nunca sofreu com violência os rigores ambientais, proporcionando um óptimo suporte para a vida. Ota é também o nome de um rio que atravessa a freguesia nascendo na serra do Montejunto, passa pela freguesia de Abrigada até entrar nesta, e vai desaguar na margem direita do rio Tejo, depois de atravessar também a freguesia de Vila Nova da Rainha, concelho de Azambuja, numa extensão total de 30 Quilómetros.
Esta vasta propriedade que pertenceu aos frades cistercienses, passou mais tarde a ser explorada indirectamente. A Quinta de Ota, certamente parte dessa antiga granja, estava, na segunda metade do século XV na posse de Pedro Afonso e era foreira ao Mosteiro de Odivelas. Em 1499 foi vendido a Rui de Figueiredo, escrivão da fazenda e fidalgo da Casa Real. Aqui se fundou, em 1524, um morgado, que no século XIX era administrado pelos condes de Belmonte (Figueiredo Cabral da Câmara), descendentes de Rui de Figueiredo. Junto à igreja de Ota está levantado um monumento à memória de D. José Maria de Figueiredo Cabral da Câmara (1848-1930), 4º Conde de Belmonte, 13º senhor do morgado da Ota, que foi vice-presidente da Câmara de Alenquer entre 1878 e 1882.
A tradição conta que o Marquês de Pombal, na sua ida para o desterro, esteve alguns meses hospedado na Quinta de Ota; e que a Rainha D. Maria II, hóspede também dos senhores de Ota pelo tempo da cólera, aqui estabeleceu o seu ministério.
Ota foi atravessada pela velha Estrada Real entre Lisboa e Coimbra, construída no reinado de D. Maria I, que era utilizada pelos serviços da primeira carreira regular da Mala-posta (1798-1804). Ainda existem, dessa época, um marco de cruzamento e um marco de légua, situados respectivamente junto à Ponte Antiga, na Rua da Mala-posta, à entrada da Ota, e no sítio denominado Vale Carlos, próximo de Ota. Estão ambos classificados como Imóvel de Interesse Público, desde 1943. Meio século mais tarde, em 1855, inaugura-se novo serviço de carreiras diárias da Mala-posta entre o Carregado e Coimbra. A primeira estação de muda de animais, localizava-se em Ota onde o antigo edifício desta estação existia ainda há pouco tempo
Falar da história dos transportes em terras de Ota/Alenquer é recordar também as grandes transformações que resultaram da abertura de novas estradas na segunda metade do século dezanove. De facto com as reformas liberais, ou mais concretamente, com a política de expansão rodoviária de Fontes Pereira de Melo, tornaram-se possíveis as comunicações entre algumas povoações da nossa região, até aí completamente isoladas onde a primeira estrada de macadame de Lisboa a Caldas da Rainha, iniciada em Setembro de 1850, veio a estabelecer uma boa ligação entre o Carregado e a Ota passando por Alenquer.
Em 1854 construía-se o ramal entre esta estrada e a Vala do Carregado, onde se iria inaugurar em 1856 a nova estação de Caminho de Ferro.

Quilómetro após quilómetro, começava assim a desenhar-se uma rede de estradas e caminhos que, ligando povoações até aí isoladas, e que veio dar uma nova fisionomia a estas velhas Terras.
Em Ota, terra que em tempos era detentora de forte associativismo com rancho folclórico, escola de musica filarmónica, e até mesmo um jornal local, tem vindo a resistir a influencia dos tempos modernos, mantendo nos dias de hoje um clube de futebol que está na 2ª divisão distrital da associação de futebol de Lisboa, uma colectividade denominada por Centro Social Recreativo e Cultural que ocupa algumas modalidades desportivas como é o caso de Artes Marciais, futebol de Salão, ginástica de vários géneros com atletas reconhecidos a nível Nacional, bem como o projecto vida activa para seniores e reformados com ginástica de manutenção, bordados, passeios e torneios de Sueca, passando pelos tradicionais Bailes de aldeia. Um grupo de escuteiros com cerca de 60 elementos que muito dinamismo traz a povoação. O ensino de Costura na modalidade de ponto de cruz e Arraiolos para um target feminino, bem como as tradicionais vacadas, jogo do chinquilho (malha), torneios de domino, jogos tradicionais como é as cavalhadas, e ainda em forte crescimento a pratica de BTT são as maneiras deste povo se distrair nos cada vez menos tempos de lazer, quais queres meia dúzia de minutos que possamos estar no largo (centro) da aldeia denota-se um corrupio de uma população entusiasmada com a vida quer no convívio social no “café” quer a praticar a sua caminhada pelos campos verdejantes, quer ainda um ou outro a discutir um negocio em pleno banco de jardim.
Ota para alem de possuir alguns estabelecimentos de restauração, também possui uma quinta que pratica turismo rural e ensino equestre, uma outra que possui um campo de tiro aos pratos reconhecido mundialmente pelas provas ali realizadas por uma conceituada marca de armas, bem como centenas de hectares de mata para caça associativa e não. Nos terrenos desta vasta freguesia existe uma lagoa onde muitos vêm pescar desportivamente, como outros aproveitam para a prática de desportos motorizados

UMM Grande Vicio



A UMM (União Metalo-Mecânica) é uma empresa metalúrgica e automobilística portuguesa Foi fundada a 1977 com o propósito de fabricar jipes 4x4 para a agricultura, indústria e serviços.
O primeiro modelo produzido foi o 4x4, a 1978. Em 1986 o modelo Alter foi lançado. A UMM projectou um novo modelo em 2000 porém, devido a dificuldades financeiras, não foi possível lança-lo no mercado.
A marca Cournil, nasceu no princípio dos anos 60 do engenho de um francês Bernarde Cournil, que adaptava o Jeep MB ao gosto dos agricultores. Foi então que decidiu criar a sua própria marca construindo modelos ao seu gosto. Os agricultores queriam um veículo robusto, por isso Bernarde construiu um chassis indestrutível, com um motor potente e duradouro. Foi assim que nasceu o Cournil. Entre 1960 e 1970 saíram da sua oficina 1080 veículos 4x4. Depois com a crise petrolífera dos anos 70, bem como o aumento da concorrência deixaram-se de produzir e vendeu a sua licença à UMM – União Metalo-Mecânica.
Em 1978 começaram a aparecer em Portugal os primeiros UMM 4x4, tinham um motor de 2100cc que mais tarde passou para um motor de 2300cc. Em 1986 surgiu o ALTER, que tinha sido desenhado para um uso militar e vocacionado principalmente para trabalho, não sendo deste modo a estética o seu ponto forte. O seu maior ponto forte é sim a sua qualidade de construção, acente num chassis de 4mm soldado a um corpo de 2mm. O seu “coração” é um motor Peugeot de 2500cc a diesel que na opção turbo lhe dá 110cv. Tem uma caixa de 5 velocidades, discos ventilados à frente e suspensão tipo “safari” com lâminas e dois amortecedores por roda.

Por terras Lusitanas começou assim...

O Substrato geológico e a sua formação


No começo da era Mesozóica (meso=intermédia+zoica=vida) (+/-250 milhões de anos) inicia-se um (outro) ciclo geológico, o “Alpino”caracterizado pelo aparecimento de novas placas litosfericas, que, com os seus movimentos vão modificando completamente a geografia do planeta.
O super continente que então existia, a Pangea, rodeado por um imenso oceano, a Panthalassa, vai fracturar-se em resultado dos movimentos das placas, originando continentes mais pequenos.
A área hoje ocupada por Portugal vai ser afectada por duas destas grandes fracturas que vão individualizar três novas placas litosfericas, a placa Americana, a placa Euro-asiática e a placa Africana.
Assim a Oeste de Portugal abre se um fosso em resultado de movimentos distensivos ou devido ao afastamento entre a placa Americana e a Euro-asiática, e a Sul abre se outro fosso devido a divergência ou afastamento da placa Africana em relação à Euro-asiática.
Assim sendo a abertura do oceano Atlântico ira se alargando a medida que as três placas litosfericas se forem afastando.
Num passado mais recente, no final da era Mesozóica (+/-75 milhões de anos) devido a reaproximação da placa africana do bordo Sul da placa Euro-asiática, origina a diminuição da área ocupada pelo mar Mediterrâneo e em Portugal a emersão de parte significativa da orla meridional (Algarve).
Toda a evolução de Portugal continental é comandado pela reaproximação da placa Africana, e os sucessivos impulsos desta em relação a Ibéria provocam uma migração desta (Ibéria) para Norte, provocando o enrugamento do substrato geológico dando assim origem (entre outras) as serras do Norte de Portugal como e o caso do Geres, etc.
Bem mais um bocadinho e temos no polo Norte a brincar com os pinguins



29/06/07

O Azimute é a direção horizontal, no sentido horário, em relação ao Norte, para uma estrela ou algum ponto terrestre. O nome é de origem árabe, de as-sumut,ora isto traduzido deve dar algo como:caminho ou direcção.
Há 3 tipos de azimutes a considerar:
Azimute Magnético: quando medido a partir do Norte Magnético (indicado pela bússola);
Azimute Geográfico: quando medido a partir do Norte Geográfico (direção do Pólo Norte)
Azimute Cartográfico: quando medido a partir do Norte Cartográfico (direção das linhas verticais das quadrículas na carta


COMO DETERMINAR O AZIMUTE MAGNÉTICO DE UM ALVO

Querendo-se determinar o azimute magnético de um alvo usando uma bússola há que, primeiro, alinhar a fenda de pontaria com a linha de pontaria e com o alvo. Depois deste alinhamento, espreita-se pela ocular para o mostrador e lê-se a medida junto ao ponto de referência.
Todo este processo deve ser feito sem deslocar a bússola, porque assim alteraria a medida. O polegar deve estar corretamente encaixado na respectiva argola, com o indicador dobrado debaixo da bússola, suportando-a numa posição nivelada.

Inicio

Este nosso AZIMUTTE vai levar-nos as mais variadas realidades do nosso mundo e um pouco da minha vivência pessoal.
Os temas que irei abordar no geral (fora os em particular) serão:
Temas relacionados com Geografia, e Geomorfologia
Temas relacionados com ambiente e planeamento
Temas relacionados com Gastronomia e culinária
Temas relacionados com Todo o Terreno e em particular com UMM´s